Parecendo que não...

A vida tem vindo a compor-se. Graças.
Apesar de tudo, hoje, tenho trabalho, família, amigos, uma lição de vida, um coração que se vai curando...muita coisa boa e não só, mas que algum dia me há-de servir de exemplo.
Não me posso queixar, apesar de todas as coisas menos boas que 2011 me deu. É um facto.

Se ele não tivesse ido, possivelmente hoje estaria noutro país, com ou sem emprego, a contar os tostões até ao final do mês, ou até não, ninguém sabe...e só viveria para ele e para o trabalho. Os amigos, conseguem-se com o tempo, é certo, mas demora. A família é insubstituível por muito desastrosa que seja.
Não sei se seria melhor ou pior, porque foi uma vida que não tive oportunidade de viver. Mas acredito que teria sido bom. Aliás, muito bom, pois quando se ama tudo é perfeito, desde que seja feito a dois e pelos dois.

Neste momento preciso de me contentar com o que tenho, com o que escolheram para mim e pelo que me decidi. Estou a chegar lá, sempre com aquela dor, mas estou no caminho.
Ele não sei como está. Se melhor ou pior. Só acho que um carro não faz diferença na nossa vida. Não sei se tem trabalho, se exerce a profissão, se está bem ou mal de saúde, se está vivo... O que espero que sim.
Apesar de ele e a sua vida, que já me foram tudo, ser uma incógnita neste momento e também apesar de tudo que me fez passar, só quero que seja feliz. Digo com o coração de quem o ama.
Que tenha um emprego, que tenha os carros todos que quiser, que tenha todo o dinheiro que sempre desejou. Quero mesmo mesmo mesmo que seja muito feliz à maneira dele.
Mas há uma coisa que não quero que tenha. (E podes chamar-me egoísta!) Não quero que ele volte a ter um amor como o nosso. Que nunca, mas nunca, volte a amar da mesma forma.

É triste? É pois. Sou uma cabra? Sou. Mas todos temos de viver com o peso das nossas decisões. E o caminho é para a frente...