domingo, 9 de outubro de 2011

#25

Ontem, armaram-me uma cilada e arrastaram-me até a uma discoteca. Uma dessas discotecas da moda que só passa música latina (aka azeiteirada).

 Lá fui eu para os confins do mundo, para a discoteca que me diziam que era muito espectacular e muito in.
Entrámos, observámos e ficámos de boca aberta.
Por breves momentos pensei que tinha entrado nalguma comunidade cigana. Mas não...
Como deves estar a entender, era muito bem frequentada a dita cuja (NOOOOT!!!).

Lá estávamos nós os 6 a ouvir a musiquinha, a observar o coreógrafo de apito na boca e mini-shorts, os barmaids com menos roupa que o habitual e ainda a agarrar as orelhas devido ao excesso de déciveis...

Não sei porque carga de água, mas acho que deve ser devido ao TPM, deu-me para pensar no falecido. E a brilhante teoria que me saiu ao som daquela musiquinha fabulosa foi:
Há uns meses atrás eu estava feliz. Tinha planos a curto, médio e longo prazo. Tinha uma pessoa do meu lado que eu amava e que me fazia sentir a mulher mais feliz do mundo. Resumindo e concluindo, era muito feliz. E agora não tinha merda nenhuma e andava a frequentar antros ao sábado a noite. Que  miserável.

Estava quase a dar-me para chorar quando um velho gordo se começa a roçar na minha mala e me fez chegar o seu agradável perfume "Roberto Cavállô", e então aí, pensei: Para quê me estou a queixar, a dramatizar e a chorar se ao olhar à minha volta só vejo gente podre, miúdas novas a comer homens velhos, homens velhos a pensar que são jovens, mulheres velhas, feias, gordas e mal vestidas que julgam que são verdadeiras divas, pessoas que não conhecem os significados das palavras "banho", "escova dos dentes" ou até mesmo "dentes".

Caguei pa cena e dancei ao som disto (que foi a melhor coisinha que passou durante os 40 minutos que lá estive).


Quando cheguei à cama, tive pesadelos.

Sem comentários: